... O Alerta

O Alerta pretende dar uma visão alternativa sobre o concelho de Alcácer do Sal, para uma política alternativa!

sexta-feira, novembro 24, 2006

Sócrates descolora a verdade
(Jukov: Este artigo é do meu grande amigo Bruno Carvalho)

O governo de José Sócrates escondeu na gaveta o estudo que indicava que os funcionários públicos recebem salários mais reduzidos que os trabalhadores do privado. Na sua cruzada de lançar trabalhadores contra trabalhadores preferiu ocultar argumentos que não o favoreciam. Mas não se coíbe de bradar que Portugal é o país que tem o maior número de funcionários públicos por habitante. É isso mesmo que refere o estudo não esquecido pelo governo e destacado em capas de jornais. Não é por acaso.
Estamos longe de viver num mundo de coincidências. A discussão, iniciada na semana passada, entre governo e sindicatos, sobre o Sistema de Vínculos, Carreiras e Remunerações não está alheia a isso. Sócrates pretende fragilizar o poder de negociação dos sindicatos e usa a comunicação social como arma de guerra e de mentira. É um combate nada original já visto noutros países, palavras usadas já ouvidas nos lábios de outros governantes.
Mas atenção, não é mentira que o Estado português tenha o maior número de funcionários públicos por habitante. Não, a mentira não está aí. A mentira está na dedução que o governo e a imprensa fazem. Maior número de funcionários públicos é, para eles, sinónimo de um Estado pesado e disfuncional nos tempos que correm. Para quem pretenda executar a receita capitalista de destruir as funções sociais do Estado estas premissas estão correctas.
Infelizmente, para eles, encontraram sempre a oposição do povo português. Por isso, volvidos 32 anos desde 1974, Portugal mantém um dos Estados mais “pesados”, como gostam de dizer, da União Europeia. As 100 mil pessoas que encheram as ruas de Lisboa no dia 12 de Outubro parecem não concordar. Parecem querer ainda mais Estado. Mais Estado para que o ensino seja público, gratuito e de qualidade. Mais Estado para que a saúde seja universalmente acessível. Mais Estado para que a segurança social contribua para a inclusão de todos os cidadãos. Mais Estado para executar as linhas orientadoras da Constituição da República Portuguesa. E sempre mais Estado valorizando o papel dos trabalhadores.
Victor Jara, músico chileno, cantava que “é difícil encontrar claridade na sombra quando o sol que nos ilumina descolora a verdade. É importante que saibamos distinguir entre as mentiras de Sócrates e as verdades do povo. E uma das grandes verdades é que o povo unido jamais poderá ser vencido.
Por isso, no dia 25 de Novembro, todos nós, nos devemos mobilizar contra a destruição e privatização das funções sociais do Estado e pela valorização do papel dos funcionários públicos. Em cada capital de distrito devemos mostrar o nosso repúdio por aqueles que pretendem um Estado que sirva somente os interesses das grandes empresas, o Estado, verdadeiramente pesado, o Estado policial.

Bruno Carvalho

10 Comments:

  • At 3:47 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Naturalmente que Portugal tem funcionários publicos a mais. De cada vez que entra um novo Governo vêm mais uma catrefada de boys. O Governo sai mas uma parte significativa dos boys fica. É com esta lógica que o país se tem governado ao longo dos anos.
    Se duvidas há desta minha afirmação, basta avaliar a Câmara de Alcácer do Sal. Até Outubro de 2005 os serviços funcionavam, embora alguns, eventualmente com algumas deblidades e até mostrava mais obra feita do que agora. Com a entrada do PS os funcioários que cá estavam foram para a prateleira e já foram admitidos mais de 30 boys da JS, que sem saberem o que andam a fazer, passaram a engrossar os custos com pessoal da autarquia e do Estado. Mais obra? Não, muito pelo contrário. Qual o critério das admissões? qual o mérito dos admitidos? serem do PS.
    Veja-se: da lista do PS concorrente à Câmara já lá estão todos e começaram agora a meter os da Assembleia Municipal.
    Talvez estejam a preparar o terreno para o Lisboa/Dakar. Se assim é, não gastem o erário publico com banalidades que pouca ou nenhuma mais-valia trazem para o Concelho. Encaminhem a organização do Rally para desviar o itinerário para o IP1, que, desde Setubal, tem troços que só com carros de rally se pode ter alguma segurança. Depois entram na Ameira e seguem direitos a Santa Catarina, onde apanham, a estrada para as Alcáçovas.
    Em vez da carregarem os Boys para o Estado e depois virem dizer que urge fazer despedimentos, tenham vergonha e contratem em função das verdadeiras necessidades do Estado e das organizações.
    Um Governo que só persegue os trabalhadores por conta de outrém.
    O PS no seu melhor.

     
  • At 10:16 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Não podemos julgar a parte pelo todo. Infelizmente, ainda são muitos os exemplos de contratação dos chamados boys. No entanto, olhemos para o panorama geral. Comecemos pelo ensino, onde milhares de turmas funcionam com mais de 30 alunos. Este hábito infeliz poderia ser facilmente combatido pela contratação de milhares de professores no desemprego. Vejamos na saúde, onde milhares de portugueses esperam para serem atendidos. Os hospitais queixam-se da necessidade de mais profissionais da área da saúde. O interior, longe dos grandes centros hospitalares, é deixado à sua própria sorte. Os funcionários públicos não só estão, em alguns casos, mal distribuídos como em insuficiente número. O Estado português precisa de mais e bons funcionários públicos, não de boys claro está. O PS, PSD e CDS-PP pretendem demonstrar a falência do Estado social e todas as suas virtuais deficiências. Só assim poderão justificar aos olhos dos portugueses a rapina que se planeia: a destruição de todo o aparelho estatal, a destruição dos serviços prestados à população (que também são de todos nós), cedendo assim aos privados a gestão do património que é de todos.

    Devemos contestar a entrada de todos aqueles que vêm minar o que é nosso: boys. De alto a baixo, o PS é uma fábrica de boys, de gente corrupta, gente à espera de subir e ganhar dinheiro. É vê-los nas câmaras, nos ministérios, nas empresas, nos institutos. E ainda dizem que são de esquerda. Deviam lavar a boca. Se fossem de esquerda governariam com e para o povo.

     
  • At 10:06 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Andam por aí a afirmar à boca-cheia de que o Estado tem de cumprir o limite de 3 por cento de deficite imposto pela comunidade mas,naquilo que deviam de mostrar firmeza e honestidade não se metem.
    Figem que estão a taxar os bancos, mas é só a fingir, só lhe andam a tirar tostões para não reparar-mos que lhes oferecem os milhões. Também é certo que, se assim fosse, se os taxassem a sério, esses, nas próximas eleições, deixariam de lhes dar as chorudas somas para apoiar as campanhas eleitorais.
    O que eles andam todos é a assegurar o seu futuro. Veja-se o caso do Pina Moura (PS), que enquanto foi Ministro da Economia liberalizou (até onde o mandaram) o mercado da energia e quando saiu do Governo foi para administrador da Iberdrola (das maiores empresas espanholas do ramo) Mas este é só um dos exemplos das centenas que têm actuado da mesma forma, porque, na prática, todos eles funcionam com vista a esse objectivo.
    Atacam os funcionários publicos e as empresas publicas, poêm em causa o seu desempenho e a qualidade do serviço que prestam. Quando a opinião publica já está suficientemente envenenada abrem o mercado para os privados e depois entregam-lhes de bandeja os bens do Estado (como se viu na Rodoviária Nacional). A partir desse momento já ninguém se rala com os resultados da gestão. A partir daí passam a dar lucro. Mas porque? porque deixam de prestar serviço publico e só fazem o que é lucrativo (veja-se novamente a Rodoviária Nacional na qual, encapotadamente, através das verbas deslocadas para as autarquias para assegurar os transportes escolares, o Estado enterra todos os anos milhões de Euros e mesmo assim, como serviço publico, só se fazem carreiras onde dá lucro).
    Mas, se querem cumprir as metas do déficite, acabem com os taxos politicos nas obras comparticipadas pelo Estado, como acontece no Metro do Porto onde as clientelas politicas do PS e do PSD, sem mexerem uma palha auferem milhões de contos por ano. O Valentim Loureiro (PSD) e o Narciso Miranda (PS) ganham, por mês perto de mil contos (1000), sem fazerem nada que contribua para o enriquecimento do país.
    E ainda insistem em dizer que os culpados são os funcionários publicos (que ganharão, em média, ou antes em moda, perto dos cem contos mês), como o faz o Vitor Constâncio todos os meses, fazendo vista grossa aos milhares de contos que todos os meses se pagam de ordenados a meia duzia de administradores (nos quais ele se inclui) nomeados pelo Estado.
    Este PS, que se afirma de esquerda é pior do que o PSD que se afirma de direita. Quando o PSD é poder e propoem uma lei a favor dos detentores do Capital, o PS, fingindo-se de esquerda opoem-se e a lei tem dificuldade em passar. Quando o PS é Governo, a maioria das Leis que o PS propoem visam favorecer o capital, através do ataque sistemático aos direitos dos cidadãos e dos trabalhadores e, aqui, embora fingindo ter outra intrepretação, o PSD acaba por votar a favor ou, se assegurada a votação, abstem-se e as leis passam deixando mais pobre o país e as classes mais desfavorecidas (sendo que estas começam logo na antiga classe média que agora desapareceu)
    O PS no seu melhor

     
  • At 9:51 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Neste ultimo ano temos vindo a assistir, nos diferentes blogges que se têm debruçado sobre Alcácer, a um churrilho de maledicência a que urge por fim.
    Urge chamar a atenção para o que de melhor se tem feito no Concelho e aos personagem que têm encabeçado esses feitos.
    Ao longo da nossa história colectiva, Alcácer do Sal, embora de forma mais ou menos modesta, tem vindo a dar ao país alguns importantes vultos que ultrapassam as fronteiras do próprio Concelho e até, em alguns casos, as fronteiras do País.
    Desde Pedro Nunes até à actualidade, ilustres Alcacerenses se têm destacado em áreas tão dispares como a medicina, as ciências, a politica (veja-se o caso do injustamente demitido ministro do ensino superior que apenas fez um favor a um amigo), passando pela astronomia, as artes e o desporto.
    É precisamente na área do desporto que agora, sem que ninguém esperasse, mais um Alcacerense se destingue. Estou a falar, como já perceberam, de Lurdes Picaró.
    Esta ilustre conterrânea, que até há pouco tempo, para além da gestão da sua carreira e da do marido na Câmara, não se lhe conheciam outros méritos (esqueci-me de falar nas revistas que tão bem folheava e divulgava nas digferentes secções), revelou-se agora, com o novo Executivo, dotada de capacidades até então omitidas/oprimidas.
    Lurdes Picaró foi chamada pela Federação Internacional de Pugilato para assuimir um importante cargo na arbitragem desta modalidade.
    Tudo isto aconteceu após o magnifico desempenho demostrado aquando da sessão privada que José Caetano Clemente e João Massano decidiram realizar um destes dias. Depois do confronto intelectual que caracteriza as suas relações, estes dois intelectuais da nossa praça e vida pública decidiram confrontar-se fisicamente e, para manter a dignidade do facto convidaram Lurdes Picaró para arbitrar a contenda.
    Algumas vozes suspeitas afirmam que Lurdes Picaró favoreceu João Massano (parece que Clemente que bateu mais em Massano do que o contrário, embora a Lurdes tenha feito vista grossa) contudo este não foi o entendimento da Federação Internacional que já a convocou para o Conselho Superior de Arbitragem de Pugilato.
    Paredes tem manifestado algum desconforto nesta escolha pois contava com ela para o Karaté onde, mais dia menos dia, conta enfrentar um ou quiça os dois atletas atrás citados.
    O PS no seu melhor

     
  • At 8:14 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Li hoje a entrevista de Pedro Paredes á rádio mirasado e nao percebi porque raio é que ele não disse que a tal alteração orçamental não tem a ver com o pontão (essa do pontão até se justificava), o que faltou dizer é que se retirou os euros de etar's, do museu do torrão e de outras obras, para compar um milhão de euros em iluminaçãio de Natal.
    Não acreditam?. Vão ao àtrio da Câmara que está láafixado.

     
  • At 5:25 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

     
  • At 10:30 da tarde, Blogger jukov said…

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  • At 10:31 da tarde, Blogger jukov said…

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  • At 10:55 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    ouve lá o burro, para saberes quais são os 30 boys, para além de te contares a ti, tens de contar os outros 29. Contudo, se não fores capaz dessa contabilidade dificil, basta leres a entrevista que o teu dono (o Presidente Massano)deu ao Litoral Alentejano que vem lá escrito

     
  • At 2:03 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Há aqui um 'boy' nervoso. Usa a mesma linguagem dos lacaios da direita: a arrogância e a prepotência.

     

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